Wednesday, January 31, 2007

E se ao menos eu pudesse parar de pensar…

O que sou? O que somos?
Quem sou? Quem somos?
O que pensamos ser,
Ou o que pensam de nós?
Sou puramente eu
Quando me encontro a sós comigo mesma
Com os meus sentidos alerta
Quando estou desperta
Perdida nos meus pensamentos,
Impenetráveis, imparáveis!
E se ao menos eu pudesse parar de pensar
De tentar organizar
O caos do dia-a-dia
O turbilhão de emoções
De palavras perdidas
Avulsas e proferidas
De involuntárias acções
Inócuas distracções!
Penso nisto, penso naquilo,
E se ao menos eu pudesse parar de pensar…

Primavera 2006

Naturalmente nos envolve,
Apressadamente se respira,
É um ar puro primaveril
Um sopro delicado de vida,
De vida que se renova,
Num suave despertar dos sentidos
De sonhos eventualmente perdidos…